Tuesday


Dou por mim muitas vezes a sorrir, já sem te ter do meu lado. Mas se pensar nisso, acho-o errado. Talvez por quem me ter ensinado a sorrir desta maneira liberta, teres sido tu. Nós podemos ser comparados a quase tudo, podemos explicar-nos de várias maneiras - doces ou dolorosas -, mas no fim, eu acabo sempre com as mesmas questões. É um ciclo interminável, porque eu e tu não conseguimos tomar controlo do que se manifesta.
Os cigarros já não apagam a dor, já não fazem diferença. Aliás - como me lembram de ti - magoam-me ainda mais. Não quero escrever para ti, o meu coração rejeita-te, como o corpo por vezes rejeita os medicamentos, por achar que não é forte o suficiente para ficar bom. O meu coração pensa dessa maneira, porque ele já não ama - simplesmente. Acho que nos perdemos para sempre. Mas sabes?, deixa lá. Eu vou fingindo não me importar, vou ignorando, assim tu voas para longe e eu posso esquecer-te sem remorsos e, - quem sabe - um dia voar também. Tu não os vais sentir de qualquer maneira. Talvez eu te odeie. Talvez eu só te queira do meu lado outra vez..
A pena está a ficar sem tinta, e eu não a vou molhar de novo, pois isso significaria que quero escrever para ti. E eu não quero. 

2 comments:

n. said...

que lindooo!

Nini said...

meu Deus, revejo-me em cada palavra que escreveste :| Só quem vive de coração apertado de saudade é que sabe do que falas :/

Continua, escreves muito bem :)

um grande beijinho e força